
”...Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...”
O Navio Negreiro, Castro Alves
Tantos anos se passaram do canto triste do poeta romântico e ele ecoa tão vivo, não em navios ou galeras, mas nos becos das favelas, das filas de mau atendimento, do desprezo aos menos favorecidos: pretos, pobres, deficientes, índios, orientais, judeus...
A literatura documenta as origens de tanto ódio aos desprezados, retirados de seus lares expostos à escravidão. Mas e se pensarmos, ainda não se escraviza, se rotula, se julga, quais chicotes estalam-se na nossa sociedade global? Do desemprego e do sub-emprego, dos salários reduzidos, do desreipeito e do racismo velado, entre tantos outros.
Tenho uma outra visão do preconceito, pois não acredito que seja so entre raças, mas ha muitos outros, eu ja fui vitima de preconceito, doeu muito marcou muito a minha vida racismo não tem nada de diferente comparado a outras situaçãos de preconceito, ex: homussexual, ser gordo , etc,Hoje sei que devemos ter respeito por todos , pois todos tem seu espaço e dele deve fazer uso para sua formção pessoal, valorização do seu EU, para superar e vencer na vida
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