quinta-feira, 11 de março de 2010

ATÉ ONDE VAI SEU PRECONCEITO?

http://www.youtube.com/watch?v=IEC_EGNHFso

http://www.youtube.com/watch?v=ehM6e5R5Nh4

terça-feira, 9 de março de 2010


”...Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...”
O Navio Negreiro, Castro Alves
Tantos anos se passaram do canto triste do poeta romântico e ele ecoa tão vivo, não em navios ou galeras, mas nos becos das favelas, das filas de mau atendimento, do desprezo aos menos favorecidos: pretos, pobres, deficientes, índios, orientais, judeus...

A literatura documenta as origens de tanto ódio aos desprezados, retirados de seus lares expostos à escravidão. Mas e se pensarmos, ainda não se escraviza, se rotula, se julga, quais chicotes estalam-se na nossa sociedade global? Do desemprego e do sub-emprego, dos salários reduzidos, do desreipeito e do racismo velado, entre tantos outros.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Nova obordagem da Cultura Afro Brasileira no Currículo


A Cultura afro brasileira é um assunto que vem sendo abordado e trabalhado com mais freqüência desde a homologação da Lei 10639/03, legitimando a obrigatoriedade do ensino/aprendizagem da cultura afro nas instituições de ensino. Apenas a lei não garante que a cultura afro seja construída, e sim precisamos ter formação profissional e pedagógica com esse tema, pois fomos formados através de uma cultura eurocêntrica e que colocava a cultura afro de forma negativa, assim a criança afro brasileira não tinha motivação em assumir e amar suas origens, sua cultura e seu biotipo físico. Essas crianças não possuíam uma referência positiva, pois o afro era estereotipado como sofredor. Imagens negativas de africanos e nordestinos afro brasileiros eram representados sempre como miseráveis, carregado latas de água, ou africanos desnutridos morrendo de fome e sede. Também nos passam a imagem de um povo doente e sem condições de contribuir para a sociedade humana. Diante desse quadro é que estamos tentando desconstruir uma imagem negativa e incorporar na nossa cultura e dos nossos alunos uma nova realidade, onde os afro brasileiros e também os africanos são, ou podem ser bem sucedidos no campo profissional e pessoal, assim temos que trabalhar com textos e imagens onde o negro esteja representado de forma positiva, por exemplo, imagens de negros professores, médicos, advogados, jornalistas. Nossos alunos precisam ter acesso a culturas diferentes da eurocêntrica, onde passarão a respeitar a diversidade étnica de outros indivíduos.